Os corporativistas têm dificuldade em ver as acções dos
outros sob uma luz diferente da que ilumina as suas. Para Covões, Francisco
José Viegas decidiu assim para benefício do seu mester — não porque tenha uma
estratégia cultural.
Eu próprio tenho muitas dúvidas sobre qual seja a estratégia
cultural desta Secretaria de Estado
(sobre a sua estratégia económica
estou esclarecido), mas não vejo razões sérias para discordar de que o livro
deve ser uma prioridade. Deste e de qualquer governo, em qualquer época e circunstância.
Se há margem para manter o IVA no escalão mais baixo apenas para um sector, ele
que seja evidentemente o do livro. Um país pode ficar mais triste sem os
concertos que Álvaro Covões promove — mas sem livros fica por certo mais
estúpido.