domingo, 16 de outubro de 2011
Rock, pop ou pimba
O segundo equívoco assenta na ideia de que a fórmula de
sucesso dos produtos populares pode ser aplicada às instituições do Estado,
libertando-as assim da sua subsídio-dependência. Bem, na verdade, pode — se
enquanto nação estivermos dispostos a aceitar que o musical à la Broadway elimine a ópera, que todo o teatro seja comédia brejeira e toda a música rock, pop ou pimba. (Já
estivemos mais longe.) Esta resignação teria a vantagem de tornar óbvia a
escolha para dirigir o São Carlos. Já para a Casa da Música a hesitação
resolver-se-ia com um regime dinástico: depois do pai Carreira, dirigiria o equipamento o filho Mickael.