A Rússia de Putin está a cometer um acto vil, criminoso, indesculpável.
O revisionismo histórico de Putin faz parte do arsenal demagógico de um autocrata «clássico» — as tentativas de o compreender são mera nostalgia de quem ama a Rússia como um primeiro amor pueril, mesmo que ela seja liderada por um ogre e caminhe como um ogre.
As tentativas de «compreender» as acções da Rússia de Putin têm um equivalente óbvio e embaraçoso nas tentativas de «compreender» as acções da América de George W. Bush e as armas de destruição massiva no Iraque. É o mesmo tipo de idiotia útil voluntária por parte do mesmo tipo de indefectíveis.
O problema, evidentemente, não é haver demasiada NATO à volta da Rússia, mas haver demasiada democracia à volta da Rússia.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
Enquanto me distraía aqui com umas coisas, o Youtube, que deixei à solta, acabou de alinhar uma playlist assustadoramente parecida com uma cassete de êxitos dos setenta que havia lá por casa na minha adolescência. O algoritmo, que quer determinar o futuro, já sabemos, lá se vai treinando a adivinhar o passado. O problema é se se lhe enrodilha a fita: ainda se cria para aí um qualquer paradoxo temporal e eu não tenho uma Bic à mão.
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