segunda-feira, 26 de julho de 2021

O ténis como terapêutica efémera

Contra qualquer previsão que mentes sóbrias alguma vez pudessem levar a sério, subscrevi neste Julho a Sport TV. Sim, imaginem.
O que aconteceu foi que, assacado por males de corpo e espírito, receitei a mim mesmo o torneio de Wimbledon, que tanto quanto percebi só os canais daquela estação transmitiam.
Talvez tenha depositado esperanças, além de nos efeitos revitalizadores do fascínio desportivo, em memórias infantis e maternais de roupa branca a corar ao sol sobre a erva dos prados.
Depois reforcei a terapêutica e assisti também a jogos dos torneios de Hamburgo, Båstad, Gstaad e Umag (à sua maneira igualmente evocativos da infância, mas neste caso remetendo para imagens, menos angelicais, de calções sujos e peúgas empastadas de pó e suor).
Tudo em vão. Um tipo atinge uma espécie de equilíbrio homeopático enquanto a bola vai e vem, mas no final a vida real regressa e os vinte e cinco euros da assinatura não. Vou cancelá-la. A assinatura.