Há dez anos, li Ernestina, pela mão de Leonardo Freitas, cuja Editorial Escritor publicava na altura os livros de Rentes de Carvalho. Descobrir as obras e o autor foi como achar um tesouro. Dez anos depois, fruto da intuição e do trabalho de Francisco José Viegas e da Quetzal, Rentes de Carvalho é regularmente lido pelos portugueses e comentado pela crítica. Há dez anos eu não podia ter desejado mais. Contudo, as opiniões sobre Ernestina e os seus irmãos têm sido geralmente entusiastas, como esta, de António-Pedro Vasconcelos.
Somos hoje (plural majestático) mais amargos do que há dez anos — mas uma parte do Portugal presente, a parte que lê, reconforta-nos.