O candidato a escritor que vive a
tentar equilibrar o trabalho de fundo com a diarística de um blogue um dia descobrirá que há vertentes incompatíveis
na escrita. Um post de cinco linhas impede uma página de romance. Inversamente, o trabalho de fôlego faz
hibernar blogues por um longo período.
A declinação das editoras surge então como
convite a voltar ao trabalho, tem esta faceta positiva. É quando chega a carta com a fórmula amável que o escriba retoma
o verdadeiro ofício. Uma recusa é um aviso de que o recreio acabou, já não é
sério viver à sombra da obra feita. Porque não existe obra, di-lo a fatídica
missiva.
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