domingo, 27 de novembro de 2011
Ulan Bator
Guimarães Jazz 2011. O crítico Nuno Catarino viaja a convite da
organização do festival. Na abertura do seu texto declara que o evento é um
caso de sucesso «apesar da sua localização condicionante». É um elogio, claro.
Mas é também a habitual menorização de tudo o que não é Lisboa. (Exercício para
o qual, aliás, os próprios provincianos geralmente concorrem.) Lisboa estranha casos de
sucesso em terras inóspitas. Lisboa, a Lisboa jornalista, a maior parte das
vezes só viaja para locais assim «a convite», como quando vai a Ulan Bator. O
seu âmbito é o do termo da aldeia capital, e não apenas por uma questão de orçamento. Se alguém tem a ideia peregrina de
fazer coisas a mais de uma légua, prepare-se para «convidar» os jornais se
quiser ter reportagens e críticas. E mesmo assim é preciso que ao jornalista
apeteça a estafante viagem.
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