Se as eleições forem vencidas por Alberto João, nas circunstâncias actuais e com discursos como este, não resta outra coisa a fazer se não conceder à Madeira a sua desejada e merecida independência. Não seria uma secessão dramática. Na ilha e no continente, as pessoas limitar-se-iam a alinhar-se nas respectivas costas e a acenar os lenços sem grande emoção, como quando parte num navio um familiar distante.
O voto dos madeirenses não poderá deixar de ser entendido como uma adesão clara do povo ao pensamento do soberano e, por coerência, à ideia independentista, mesmo que a velha raposa fanfarrona não use o termo “independência” (todos sabemos porquê). Os restantes portugueses bocejarão ou mudarão de canal quando um dia a RTP transmitir a transferência de poder. Nem o Conselho de Segurança da ONU se oporá.