Talvez aquela
eloquência apenas traia o esforço e o desapontamento dos seres em questão. O
esforço sobre-humano a que obriga aquele tipo de beleza (disciplina,
vigilância, concentração, exercício, dieta, investimento) e o desapontamento
que vem de, depois de tudo, a pessoa continuar humana entre humanos, triste,
vulgar, quotidiana e agastadamente humana.
Ou talvez aquela
seja a expressão adequada e recomenda por especialistas em beleza para manter a
frescura da pele e a tonicidade dos músculos faciais. Para manter um estado,
uma condição, um nível de aperfeiçoamento que um sorriso, uma manifestação de
agrado, de espanto, ou outra qualquer reacção emotiva, claro, faria desabar
irremediavelmente.