Em pequenos, fazíamos cavalos das mimosas, ramos
compridos que montávamos garbosamente com as folhas e as flores a varrer o chão
e o tronco seguro nas mãos por duas tiras da casca fibrosa e húmida a fazer de
rédeas. Já na altura se as acusava de serem uma praga e eu, fascinado, ficava à
espera de as ver invadir toda a quinta onde elas existiam.
Não aconteceu tal coisa. A quinta foi loteada e não
creio que tenha sobrado uma mimosa entre as vivendas.
Mas é verdade que ainda não passaram cinquenta anos
e que aquele solo pode estar pejadinho de sementes. (Eu a esfregar as mãos.)
Sem comentários:
Enviar um comentário