Mas claro que a Agência Rangel há-de ser mais exactamente uma agência de aventuras, uma coisa que
inclua o risco e o revivalismo. Os clientes farão, digamos, um investimento de risco (mas com risco
mesmo), embarcando numa aventura old
fashioned, como agrada aos conservadores. Rangel talvez tire do museu de
cera um guia que nos acompanhe até à raia, mas a fronteira há-de ser passada a
salto, os rios cruzados a vau e as distâncias percorridas a calcantes. Tudo
brindado a vinho verde, que é do nosso Portugal!
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Agência Rangel
Se Paulo Rangel concretizar a sua agência de emigração, tem cliente. Desde
que pague as passagens. (Ou a passagem,
sabemos que é só de ida.) Em Vimioso diz que oferecem mil euros a casais que
aumentem a população. Não ficaria
mal ao Governo (e seria coerente com as suas opções políticas) pagar quantia
semelhante a quem se voluntarie para desemparar a loja. Com mil euros há todo
um mundo de possibilidades e destinos. O amor à Pátria aumenta na exacta proporção de
quanto ela está disposta a pagar para se ver livre de nós.
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