Tendo em conta a crise da imprensa, talvez o Público pudesse proletarizar-se um pouco e ir buscar ao JN o Manuel
António Pina. Ganhava-se a classe média e ganhava-se em pontaria, é certo, mas
prejudicava-se a decoração da casa. Os dois são escribas sucintos, mas têm utilidades
diferentes: Manuel António escreve pouco e acerta muito; os textitos do Vasco vão bem com o grafismo e as cortinas da Redacção. No dia em que acabem com ele (salvo seja)
repetir-se-á o avassalador drama ocorrido quando o Público mudou de logótipo: lágrimas e ranho por uma ou duas infindáveis
semanas.
Claro que se o Público dispensasse
o Vasco a ERC poderia intervir. Quer dizer, talvez não a ERC — o Instituto dos
Museus e da Conservação. Ou o Instituto de Arqueologia*. Uma dessas entidades
tão absolutamente caras ao novo poder decerto sairia em defesa da sua relíquia queirosiana.
* Como é evidente, o Governo decidiu fundir o IMC e o IGESPAR apenas
para estragar a piada.
[Nota: texto revisto e com pequenos acrescentos.]
[Nota: texto revisto e com pequenos acrescentos.]
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