Não voltei a ler artigos de João Miguel Tavares, essa irritante representação do neoliberalismo tuga e da direita economicamente fanática, mas tenho curiosidade. Tenho curiosidade porque entretanto Kenneth Rogoff, o ás da economia que os neoliberais elegeram como papa (ou branca cortina de fumo, não sei bem), veio dizer num artigo no The New York Times que, afinal, defende desde há muito o perdão parcial das dívidas de países da periferia. Também disse que ele e Carmen Reinhart (que co-assina o artigo) sempre aconselharam que se evitasse a retirada demasiado rápida dos estímulos orçamentais à economia. Disse isto e mais umas coisas que deitam por terra a cientificidade de Gaspar, Tavares e C.ª e provavelmente merecerão de João Miguel insultos que ele em geral reserva à esquerda.
É claro que o diz-que-sempre-disse de Rogoff é a sua tentativa de se demitir de pai de uma austeridade cega que entretanto falhou. E é um diz-que-sempre-disse carente de comprovação cronológica. Mas, ainda que estas sejam na realidade afirmações pós-fracasso, prognósticos de fim de jogo, não deixam de ser uma posição interessante que nos põe expectantes quanto à reacção de discípulos beatos como João Miguel Tavares. Será que o cronista do Público vai descobrir um tijolo ainda maior do que This Time Is Different: Eight Centuries of Financial Folly para nos arremessar? Ou é desta que desiste do bullying e modera a ferocidade de zelota do templo?
P.S. Sobre este assunto, leia-se este texto de um blogue da New Yorker.
obrigado pelo link. claro q a economia n é uma ciência nem nunca vai ser. as coisas da economia deviam ser vistas mais como uma coisa culinária: se desta vez o vinagre foi mt, para a próxima experimenta-se c menos. nem na meteorologia, q tem leis mais perfeitas, se acerta c o tempo q virá daqui a 1 mês qt mais na economia...
obrigado pelo link.
ResponderEliminarclaro q a economia n é uma ciência nem nunca vai ser.
as coisas da economia deviam ser vistas mais como uma coisa culinária: se desta vez o vinagre foi mt, para a próxima experimenta-se c menos.
nem na meteorologia, q tem leis mais perfeitas, se acerta c o tempo q virá daqui a 1 mês qt mais na economia...
luis boticas