Visto do mar, de onde as pessoas nos parecem insectos, dir-se-ia que
alguém despejou nos extremos da Praia Grande uma boa quantidade de qualquer
coisa, qualquer coisa que só a entomologia, um estudo apurado da natureza dos
insectos poderá determinar.
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Quando era novo costumava passar o dia ao sol e em consequência era o “preto”
da família. Agora corro poucos riscos de ter um grande bronze. Não me entendam
mal: sei um pouco de estar de papo para o ar sem fazer nada (J), mas na praia isso não
é possível, a não ser que não nos importemos com escaldões e melanomas. Quando
nos importamos, se não passarmos o tempo a ajustar o guarda-sol (ou a ajustar
nossa carcaça em função dele), estaremos certamente ocupados (e besuntados) a
repor a camada de protector solar. Ora, isso não é a minha ideia de não fazer
nada.
É por esta e outras razões que hoje sou um homem das sombras.
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