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Rita, in Aranda
domingo, 22 de julho de 2012
Morrisey
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Havia uma música dos Smiths onde se repetia hang
the DJ, hang the DJ e era a minha última noite e eu entrei na pista da
discoteca possuída pelas fúrias a berrar aquele refrão. Gostava da música, pelo
que, afinal, era uma injustiça fazer coro de um slogan assim, mas suponho que retoricamente não me importava que se
matasse alguém, fosse quem fosse. Não estava era preparada para descobrir que ele era o DJ naquela noite. Eu para ali
aos berros a reclamar a morte do DJ, simultaneamente eufórica pela bebida e
pela música e infeliz de amores, e o DJ era ele. Os nossos olhares cruzaram-se
quando eu rodopiava, e o que vi a seguir a tomar consciência de que era ele foi
o meu reflexo num dos espelhos da discoteca. Eu de boca aberta, desgrenhada,
braços no ar, escanzelada, sem jeito para aquilo, apenas histérica e demasiado
bebida — a pedir que se enforcasse o DJ.*
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