quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Teoria da conspiração

Citação do 31 da Armada no Público de ontem: «A Standard & Poor’s baixou o rating da dívida americana de longo prazo. Como é que ficam os teóricos (…) da teoria da conspiração americana contra a Europa?»

A precisar de rever a sua teoria. A conspiração existe e não é de ordem geoestratégica, mas ideológica. Ou nem isso: apenas, digamos, pragmática, de interesses particulares. Os países conspiram, naturalmente, mas o jogo no tabuleiro actual tem de um lado o capital (perdoem-me o palavrão e as suas conotações) e do outro a social-democracia. Obama é circunstancialmente americano, mas as suas ideias não tanto e escandalizam uma grande parte dos seus concidadãos, mormente os que mais beneficiam de um mundo regido pelos interesses monetários de uns poucos.

A S&P não agiu contra a América, mas contra Obama e o que ele representa. A minha teoria da conspiração diz que se o presidente fosse Bush ou um outro servidor da causa não haveria descida de rating. Sim, porque o endividamento para fazer guerras estúpidas (mas lucrativas para alguns, hélas) não é censurável, ao contrário do endividamento para sustentar políticas de interesse social, essa estanha forma de pensar.

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