quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Caos e anarquia

E já que estamos a falar de profetas e conspirações, fechemos em tom apocalíptico. Em Tony Judt pode ler-se que o estado social, nas suas diferentes formas, não foi apenas uma admirável criação generosa, altruísta, dos governantes do pós-guerra. Foi o resultado de uma leitura diligente da história das primeiras décadas do século XX. É preciso manter a classe média apaziguada – era esta a lição –, livre da influência de demagogos e dos seus próprios instintos aniquiladores. Os demónios à solta em França, na Grécia e agora na Inglaterra (para não falar nos países árabes) deveriam fazer soar campainhas. Mas não. Os mercados são mais importantes. No meio do caos e da anarquia, os condomínios de investidores e especuladores, vigiados por empresas de segurança privadas, hão-de sobreviver. Porquê preocupar-nos?

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