terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Função empática

O parque aqui da cidade vai sendo frequentado em dias de sol por imigrantes de diversas proveniências, todos com a mesma ânsia de natureza e ar livre que move os autóctones em domingos e dias feriados. Africanos, ucranianos, brasileiros, falantes de árabe. Hoje era uma família de asiáticos — crianças e um par de adultos, provavelmente chineses — a jogar badminton com alegria e risadas universais.

O pessimista em mim sussurra-me que não hão-de tardar a pronunciar-se contra isto as pálidas brigadas do ódio, encerradas nas suas páginas bafientas e sem sol do Facebook, com os seus maus fígados já incapazes da função empática.

Mas hoje havia o riso e o seu poder regenerador, quem sabe se curativo de doenças biliares.

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