Há um ano, por esta altura, estava mais elegante e confiante. Iniciava
a divertida campanha d’Os Idiotas,
comia com regra e medida e era regular no jogging.
O livro correu bem económica e literariamente, tive gosto na pequena tournée de promoção e ganhei leitores.
Daí a pouco começava o meu annus
horribilis, com ataques em várias frentes, directos
e sobre interposta família, uns manufacturados
outros concebidos na crueldade dos céus. Fruto disso, deixei, de camuflagem,
uma permanente barba de oito dias, procrastino o jogging e desgosto do que agora vejo no espelho. Aguentei-me porque
todos os palhaços sabem que the show must
go on, e eu não defraudo a minha audiência, mesmo que defraude uma parte da
minha consciência.
Não desci, contudo, aos abismos da comiseração que se me abriram à
frente. Mesmo que um annus tenha 365
dias e este ainda não tenha acabado (acabará?), o sol está aí e, apesar de
todos os compromissos, obrigações, responsabilidades, deveres, contingências,
dependências, limitações e demais merdas, a única coisa que me ocupa o
pensamento é cometer outra pequena loucura. Esperem só que resolva aqui um
assunto ou dois e preparem-se para uma temporada no Hotel do Norte.
Este ano está quase a acabar. E nós gostaremos muito de saber o que se passa no Hotel do Norte.
ResponderEliminarE deixe-se de preguiças e comece mas é já a correr para estar em forma quando iniciar a nova campanha alegre.
Um bom fim de semana!