Um bizarro aranhiço passeia-se no meu braço. Já levo engatilhado o piparote quando me apercebo do seu aspecto realmente singular e não tenho reflexos para sacar do telemóvel e lhe tirar uma fotografia antes de o lançar pelos ares. Ainda o procuro no chão, mas sem sucesso. E assim, ao disparar antes de perguntar, perco a oportunidade de aparecer nos livros de entomologia como um dos raros milhares de indivíduos que descobriram uma nova espécie de insectos.
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(Um feito maior do que descobrir uma nova espécie de insectos deve ser distingui-la de entre os milhões de espécies que existem. O primeiro é um caso de sorte; o segundo, um labor de enorme paciência e acuidade visual.)
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