Uma das muitas coisas de que estou a gostar em O Infinito Num Junco, de Irene Vallejo, é a forma como a narrativa e a estrutura do livro estão por vezes organizadas, não por ordem cronológica ou geográfica, como acontece geralmente com os livros de história ou de divulgação, mas por associação de ideias, por sugestão dos campos semântico ou lexical das palavras.
Agrada-me igualmente a atenção «feminista» que é dada ao tema, procurando e valorizando, sem empolamento, informação que noutros autores ou noutra época passaria despercebida, como por hábito patriarcal as mulheres passavam, mesmo quando o mérito era delas.
Depois de um bom romance de uma mulher (Siri Hustvedt) — e um livro feminista, na verdade —, é agradável ler um ensaio sobre livros na Antiguidade onde as «antepassadas» da escritora americana têm justa presença.
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