É injusto para os autores terem o azar de surgir na minha
lista depois de Foster Wallace.
Meio enganado por uma qualquer referência que li, avancei a
certa altura para Cinerama Peruana,
convencido que havia ali ecos de A Piada
Infinita. Como se usar notas de rodapé fosse suficiente para aproximar os
dois livros. Não são próximos. Talvez haja ecos de Bolaño no livro de Rodrigo
Magalhães, mas não vi nada de Wallace. E, lamento dizê-lo, a despeito do
talento do autor, aborreci-me. Certamente pela enorme sombra que lhe fez a
leitura anterior. Mas também um pouco pelo género: aquelas espécie de fábulas
eminentemente literárias e literariamente tautológicas não me apaixonam, mesmo
quando são assinadas por Borges. Foi para arquivo, a um terço do fim. Decidi
ser condescendente comigo mesmo, poupar-me o esforço.
Hoje fui buscar Uma
coisa supostamente divertida que nunca mais vou fazer — o que me parece más
notícias para os restantes autores da pilha.
a piada infinita é um transe incomparável a qualquer outra obra. 1000 páginas com a letra a rondar o tamanho 5 e uma vontade implícita de não parar de o ler, provoca a loucura e insanidade. é realmente muito bom.
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