Quis regressar ao lugar onde foi feliz. Muniu-se do livro, orientou os passos pela Lua, antecipou o prazer da leitura à luz do candeeiro, preferencialmente sem adormecer, e entregou-se ao murmúrio do rio.
Mas desta vez havia gente nos bancos, um casalinho, jovens, contentes por estarem juntos e vivos. Tão cheios de contentamento, na verdade, que ela, amazona, não parava de dar pulinhos de alegria no colo do rapaz, cabelos esvoaçantes como morcegos num festim entomófilo.
Ele desviou o percurso oportuna e silenciosamente. Parecia-lhe algo impudico perturbar com a sua presença soturna aquela inesperada alegria alheia.
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