Talvez houvesse também razões musicais, mas parece-me que na disputa
entre Spandau Ballet e Duran Duran eu preteria os primeiros porque pareciam demasiadas
vezes vestidos para casar (ou ser padrinhos de casamento), enquanto a mistura de
farrapada punk e marinheiro russo que frequentemente cobria os segundos os
tornava românticos aos meus olhos adolescentes. Mas românticos de aventuras,
não do coração. Afinal, na altura eu também preferia a Rama de Arthur C. Clarke
à Praga de Milan Kundera. E ainda revirava os olhos nas cenas de beijo dos
filmes, fazendo mentalmente zapping
para Mad Max.
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