terça-feira, 25 de março de 2014

JRS x JS - 2.º round

Entretanto percebi melhor qual o formato do programa (não vejo televisão, não sabia) e porque o desvio de JRS causou indignação. Ora bem, o facto de se tratar de um programa que procura saber a opinião de José Socrates não dispensa os jornalistas de fazer o seu trabalho. Errados estão todos os outros jornalistas que fazem de naperon ou de figurantes nos programas de Marcelo e afins. Se a ideia é que os tipos falem sem contraditório, o correcto seria pô-los sozinhos em frente à câmara. Os separadores de temas poderiam ser quadros de legendas, como nos filmes mudos, ou mão-de-obra requisitada à Elite Models, não gente com carteira de jornalista. JRS pode ter mostrado um excesso de zelo direitista (uma agenda pró-governamental), mas antes isso do que um daqueles cães que antigamente se punham nos carros e se limitavam a acenar com a cabeça. O papel do jornalismo é perguntar, questionar, confrontar, e não só quando isso nos agrada.

1 comentário:

  1. A questão é que o formato acordado é que o comentador leva alguns temas da actualidade para comentar. Isso é o que aconteceu até agora e que acontece com o Marcelo, o Marques mendes, o Louçã, o Bagão Félix, a manuela Ferreira leite, o Morais Sarmento e outros.

    E, sem aviso prévio, o JRS desatou a interrogar Sócrates sobre os tempos em que este foi primeiro-ministro e a confrontá-lo com papéis de arquivo. Fez-lhe uma entrevista ou nem isso, portou-se como um líder partidário a discutir com outro em período eleitoral. Um despropósito.

    Se queria fazer-lhe uma entrevista e uma entrevista a ver se o matava, era convidá-lo para uma entrevista e não sentar-se à mesa do espaço de 'A opinião de José Sócrates' e mal o deixar falar.

    Um despropósito, repito. rodrigues dos Santos portou-se como um exibicionista descontrolado. Nem sei como é que o Sócrates teve paciência para aquilo. Mas teve e até se saíu muito bem.

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