Muitos anos, circunstâncias, instituições e pessoas contribuíram para o retrocesso da LER à periodicidade trimestral. Paulatinamente, o livro (e não
falo em particular do romance) foi banido das televisões, das escolas, das
universidades, dos jornais (guetizado em suplementos a que prescreveram uma dieta
crescente), dos discursos políticos, das conversas em geral. Uma ou duas
gerações de dirigentes partidários e institucionais particularmente plebeias,
particularmente representativas da boçalidade e do arrivismo nacionais, foram
suficientes para consumar o desaparecimento do livro — e a geração que lhes
há-de suceder nem sequer consegue soletrar a palavra.
quarta-feira, 12 de março de 2014
A vitoriosa trimestralidade da LER (2)
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