No meu rotineiro exercício de masoquismo (a versão oficial defende que
é abertura de espírito), passo os olhos pelo Blasfémias e, atendendo à assertividade do sítio, frequentemente me
pergunto se não deveríamos entregar o governo do país à direita de Vítor Cunha,
João Miranda, Rui A. e Gabriel Silva. Mas depois uma voz me diz: «Mas essa direita está no Governo e tem dado
no que se vê!» E logo outra voz corrige: «Essa
direita, ponto e vírgula: os rapazes não se entendem o suficiente entre si para que se
possa dizer que há uma solução de direita para a crise ou para o que quer que
seja.» O que não impede nenhum deles de ser 100% categórico, de estar 100%
cheio de razão, 100% discordante de qualquer ideia de esquerda ou meramente dubitativa.
Some-se a isso o histerismo fóbico de Helena Matos, a contribuição zelota de
José Manuel Fernandes e a pegada deixada pelo hilário (e muito sintomático) Carlos Abreu Amorim* e temos ali um think tank de luxo.
* Estarão à espera de quê para contratar o ex-ministro e dr. Relvas para o lugar deixado vago na chafarica?
* Estarão à espera de quê para contratar o ex-ministro e dr. Relvas para o lugar deixado vago na chafarica?
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