terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Se isto é um Omo: o branqueador de Auschwitz

Há duas teorias sobre a suavização do nazismo que o pivot arvorado em escritor José Rodrigues do Santos operou através de uma entrevista e de dois livros. A primeira diz só isso, que o tipo suavizou o nazismo. A segunda diz que ele fez o que faz sempre que tem livros novos: criar uma polémica forte para vender mais livros.
No primeiro caso, JRS é um revisionista histórico, com um programa promovido sabe-se lá se pelo ego (a vaidade de alegadamente ter descoberto coisas que uma geração ou duas de historiadores não descobriram), se por razões ideológicas.
No segundo caso, trata-se apenas de alguém sem escrúpulos, capaz de tudo para vender mais uns livros.
(Há na verdade uma outra hipótese, que é JRS ser apenas tonto e o mundo mediático que o leva nas palmas não ser mais assisado.)
O meu diagnóstico sobre a criatura em estudo, olhando daqui, é que provavelmente se trata de um compósito, um híbrido que além disso tem um olho-que-pisca, o que não deixa de ser um feito da natureza, se não for um upgrade de tamagotchi.
Isto conduz-nos aos seus leitores. Eles deviam saber que, além de mal entretidos (há muita obra capaz de entreter melhor do que as posturas galináceas de JRS), ao comprar-lhe os livros estão a ser vítimas e cúmplices de rodriguinhos, digamos, pouco santos.
Não faço aqui um apelo à censura dos livros de JRS, mas não tenho nada contra o boicote. O pivot deve ter o direito de escrever as baboseiras que quiser (dentro de certos limites constitucionais), mas os leitores devem ter o direito e a decência de o mandar à merda.

2 comentários:

  1. «Há na verdade uma outra hipótese, que é JRS ser apenas tonto e o mundo mediático que o leva nas palmas não ser mais assisado.»

    Não acredito nesta. Teria de ser burro a duplicar. Burro porque se é burro, está bem; mas investir na própria burrice é qualquer coisa que me ultrapassa.

    Será que lhe falta noção de que é burro? Pode ser uma terceira via assim.

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