«Para os suspeitos do costume do jornalismo de opinião português (Alberto Gonçalves, Helena Matos, Henrique Raposo, Rui Ramos) o diagnóstico está feito e é unânime: a culpa da vitória de Trump foi da "narrativa de esquerda", da "intelligentsia" e das elites insensíveis ao sofrimento de uma população de humilhados e ofendidos pelo liberalismo e multiculturalismo. Quem os levasse a sério acreditaria que sessenta milhões de norte-americanos votaram Trump para se vingarem dos editoriais dos jornais portugueses (todos eles, como é óbvio, descaradamente alinhados com a "narrativa de esquerda"). Uma réstia de pudor impede estes preclaros opinadores de escreverem algo de positivo sobre Trump, mas não de se proclamarem tacitamente como a "intelligentsia" da "intelligentsia": uma elite atenta aos vícios das outras elites e em plena sintonia com o cidadão comum, tão farto das narrativas de esquerda que é capaz de votar num megalómano grosseiro e sem preparação só para fazer ouvir a sua voz.»
domingo, 13 de novembro de 2016
A "intelligentsia" da "intelligentsia"
Certeiro, o Alexandre Andrade, na sua página de Facebook:
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