Há quem diga que todas as rivalidades dos anos 80 foram redimidas com o
convite de Nena a Kim Wilde em 2002 para o remake de “Irgendwie, Irgendwo,
Irgendwann”, incluído no álbum que celebrava os 20 anos de carreira da cantora
alemã com o título “Anyplace, Anywhere, Anytime”. Mas a exegese do vídeo que acompanhou a canção deu azo a duas teorias diferentes. A primeira toma o gesto de Nena por
um acto de piedade, não de conciliação. Contudo, embora a piedade não raro envolva
sobranceria ou condescendência, pode-se ainda optar por ver ali apenas nobreza.
«Vamos lá tirar a Kim da sua jardinagem por um momento e lembrar ao mundo como também
ela cantava bem», poderia ter pensado a simpática Nena, num arroubo de caridade.
Sem comentários:
Enviar um comentário