quarta-feira, 12 de abril de 2023
Uma dessas influencers do TikTok que os media vêm anunciando esta Páscoa (talvez não por acaso) como Cristos surgidos para assegurar vida eterna à literatura, anunciava numa reportagem, não a ressurreição do discernimento, mas uma série de livros que escolhia pela capa. Decerto porque tantos jornalistas são pueris tiktokers (passe o pleonasmo) disfarçados com carteira de imprensa, ninguém teve a piedade de explicar à influenciadora que, fora do mundo de fancaria onde publica os seus vídeos, os leitores não escolhem livros pela capa. Mas rejeitam por esse método muitos — incluindo, não vale a pena sermos indulgentes, os abençoados pela estante dela.
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