— O quê?
— Quelho. Não sabes o que é quelho?
— Isso existe?
— Não sabes o que é quelho?!
E saca do telemóvel como da Bíblia para lhe mostrar que o termo está consagrado, não é delírio seu. Ele reconhece o sinónimo «caminho» e repete-o em voz alta num tom que quer insinuar a desnecessidade de usar palavras esdrúxulas para dizer coisas comuns.
Perante isto, a minha geração não tem de que se queixar, porque herdou (e escusava de ter desbaratado) boa parte do vernáculo camiliano e ainda teve a oportunidade de aprender neologismos vitais como «clicar» e «empreendedorismo».
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