1. Muitos acham ridícula a lei que impõe um dia de reflexão antes das eleições. Eu acho ridículo que a lei não imponha 15 dias de reflexão antes das eleições — incluindo o mesmo silêncio e pacatez dos sábados de véspera de urnas.
2. Não me parece provado que se forme melhor consciência política na histeria do circo do que no silêncio dos cemitérios.
3. Todos os dias deviam ser sábado de reflexão ou, em alternativa, inscrevia-se na Constituição o dever de os partidos com mais orçamento guardarem 1440 minutos diários de silêncio em memória da honra que lhes faleceu.
4. Preventivamente, o dia depois das eleições devia ser também sábado de reflexão. E os 1459 restantes (1824, no caso das presidenciais).
5. Na verdade, o sábado de reflexão devia começar às 00h00 de um belo e chuvoso dia de Outono (como o de hoje, por exemplo) e continuar em vigor enquanto a Terra tiver voltas para dar ao Sol.
6. É certo que neste regime algumas pessoas ficariam de certo modo dispensadas de existir, mas, como eles (não) dizem, alguém tem de se sacrificar, não é?
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