A mosca cola-se ao vidro da janela não como um recluso a cobiçar nostalgicamente a liberdade e o ar puro mas com a melancolia abstracta de um amante sonhador ou preterido.
A esta luz consigo perceber que quando a mosca pousa em nós na piscina não o faz obedecendo a uma vocação para importunar, mas por uma carência dolorosa, um desejo erótico de pele nua.
A mosca é um amante ferido ou muiiito insatisfeito.
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