A maioria das referências à condição de “intelectual” é hoje pejorativa. O povo mantém com os intelectuais uma relação frequentemente de ressentimento. A direita, mesmo quando é ela própria puramente ideológica e intelectual, prefere alimentar uma imagem de pragmatismo, de terra-a-terra, avessa a qualquer idealismo ou utopia, e gosta por isso de manter viva a lembrança dos intelectuais que serviram de
idiotas úteis ao comunismo soviético.
Mas é claro que o sistema sociopolítico dos dias de hoje deve muito
também aos intelectuais, mas sobretudo aos intelectuais de direita (particularmente jornalistas e escritores). No futuro, a História tratará do papel deles no período trágico que se iniciou com a invasão do Iraque e que hoje
continua no apoio mais ou menos tácito, mais ou menos entusiasta, ao lunático Trump. E, claro, não será da sua perspicácia ou inteligência que se falará.
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