Parece que Clint Eastwood reafirmou o seu republicanismo façanhudo (à
americana), desta vez defendendo o voto em Trump e desvalorizando as suas declarações
racistas. Isto é típico em Eastwood. Coisa atípica, se tivermos em conta as
habituais posições políticas do actor e realizador, foi o Gran Torino. Ou talvez não, talvez tenhamos de ver o filme de
novo. Possivelmente na primeira ocasião comovemo-nos com a já respeitável idade
do homem ou iludimo-nos com a (nossa) muita humana vontade de redenção.
Julgávamos que o envelhecimento lhe amolecera o músculo cardíaco e temperara as
ideias, mas provavelmente Clint Eastwood não deixara de ser Dirty Harry e Gran Torino é bom mas hipócrita — ou nós vimo-lo
mal.
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