domingo, 30 de outubro de 2011

Ernestina, dez anos depois

Há dez anos, li Ernestina, pela mão de Leonardo Freitas, cuja Editorial Escritor publicava na altura os livros de Rentes de Carvalho. Descobrir as obras e o autor foi como achar um tesouro. Dez anos depois, fruto da intuição e do trabalho de Francisco José Viegas e da Quetzal, Rentes de Carvalho é regularmente lido pelos portugueses e comentado pela crítica. Há dez anos eu não podia ter desejado mais. Contudo, as opiniões sobre Ernestina e os seus irmãos têm sido geralmente entusiastas, como esta, de António-Pedro Vasconcelos.

Somos hoje (plural majestático) mais amargos do que há dez anos — mas uma parte do Portugal presente, a parte que lê, reconforta-nos.