segunda-feira, 24 de outubro de 2011

As remunerações dos políticos

O ministro Miguel Macedo abdica do subsídio de 1.400 euros para habitação não porque tem residência própria em Lisboa, não porque a opinião pública se tenha indignado, não porque a lei o obrigue — mas porque «quer». É um gosto conhecer a capacidade de abdicação dos nossos políticos — e o seu voluntarismo.
De certeza que Dias Loureiro abdicaria igualmente da subvenção vitalícia se ainda fosse político no activo — ou talvez se estivesse preso.
Cavaco, por outro lado, se fosse um político no activo — e não um reformado patriota que sacrificou a sueca pela presidência, esse biscate — decerto auferiria o ordenado de lei e não as pensões de miséria que lhe dão.